Cacto-Macarrão, o Rhipsalis sem Segredos

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O Cacto-Macarrão ou Rhipsalis é uma planta interessante que tem um caule incomum e que não pode faltar na sua casa. É fácil de cuidar e, portanto, muito boa opção até mesmo para quem não tem experiência com plantas.

Embora eles variem entre caules finos, grossos, longos, curtos, lisos, peludos, achatados ou com nervuras, você pode facilmente reconhecer um Rhipsalis através de sua aparência.

É uma planta da família Cactaceae, e cresce naturalmente no Brasil, na América Central, do Sul, na África e em algumas ilhas do Oceano Índico.

Como é um Cacto-Macarrão

Imagine uma planta que, ao invés de pedir sol escaldante, adora a sombra. Uma que troca a areia quente por ambientes mais frescos dentro de casa ou sob a cobertura de árvores. Isso mesmo, assim são os Rhipsalis, mais conhecidos como Cacto-macarrão, os cactos que preferem a vida de um jeito bem mais verde.

Por trás de uma aparência mais discreta e delicada, esconde-se uma força e uma capacidade de adaptação incríveis, com poucas exigências de rega em sua maioria.

Como identificar os Rhipsalis

Os Rhipsalis têm uma aparência toda própria que justifica seu nome popular de Cacto-macarrão. Bem ramificadas, suas hastes são longas, pendentes e, muitas vezes, formam uma espécie de cascata verde nos vasos. Mas também podem ter caule eretos ou trepadeiras.

Uma das grandes dicas para identificar um Rhipsalis é prestar atenção na sua textura e formato. Suas hastes podem variar bastante, de fininhas e cilíndricas a mais achatadas e com bordas onduladas.

As espécies mais comuns de Cacto-macarrão

Já sabemos que o Rhipsalis é um gênero fascinante e com grande diversidade, no entanto eles ganharam um nome popular comum que se refere a maioria das espécies: Cacto-macarrão.

O número exato de espécies de Rhipsalis ainda é debatido por botânicos, mas as estimativas variam entre 35 e 60 espécies.

A dificuldade em determinar um número preciso se deve a alguns fatores como por exemplo a hibridização natural entre as espécies e a descrição frequente de novas espécies.

Algumas espécies comuns de Rhipsalis:

  • Rhipsalis baccifera: esta espécie é a mais comum, com caules longos e pendentes que chegam de 1 a 3 metros de comprimento e flores brancas. Gosta da meia-sombra e exige o mínimo de água.
  • Rhipsalis cereuscula: são uma espécie com caules cilíndricos e às vezes eretos de até 60 cm, com flores brancas. Excelente para jardins verticais e vasos elevados.
  • Rhipsalis crispata: espécie muito rústica, possui caules planos e ondulados, com flores amareladas. Própria para ambientes de meia-sombra a sol pleno.
  • Rhipsalis pilocarpa: possui caule inicialmente ereto e não ramificado terminado em ramos de 2 a 4 hastes cilíndricos de até 40 cm com flores solitárias ou aos pares, brancas.
  • Rhipsalis teres: tem um caule ereto e curto com ramos cilíndricos e flores pequenas e brancas. É a espécie mais cultivada no país, que é frequentemente confundida com outras espécies.

Cuidados com o Cacto-macarrão ou Rhipsalis

Esqueça aquela regra de que cactos são amantes do sol direto. Os Rhipsalis são típicos de meia-sombra ou luz indireta. Eles são epífitos, o que significa que, assim como a maioria das orquídeas, eles crescem em troncos de árvores.

Luz

Eles adoram locais bem iluminados, mas sem aquele solzão batendo direto neles. Sendo assim, evite colocá-los por muito tempo sob a luz solar, pois seus ramos podem se tornar avermelhados e até mesmo marrons por causa das queimaduras.

Por outro lado, uma planta que não está recebendo luz suficiente pode começar a mostrar hastes alongadas, pálidas e finas, um fenômeno conhecido como estiolamento. É a planta tentando se esticar na direção da luz, buscando aquele brilho que tanto ama.

rhipsalis vaso amarelo janela

Fonte imagem: na0-plants

Rega

Se tem uma coisa que os Rhipsalis nos ensinam é o valor do equilíbrio – especialmente quando se trata de rega e umidade. Não é porque eles são cactos que vão querer viver na secura total, mas também não estão procurando por um lamaçal. O mais indicado é procurar as recomendações de cada espécie individualmente.

A frequência de rega vai variar conforme a estação do ano, o tamanho da planta, o clima da cidade onde está a planta, temperatura, ventos e umidade, mas a regra de ouro é sempre regar apenas com o substrato já totalmente seco.

Durante os meses mais quentes e secos, você vai notar que seu Cacto-macarrão vai pedir água mais frequentemente. Fique atento para os sinais tanto de falta de rega como excesso de umidade.

Sinais de que o Rhipsalis precisa de mais água:

  • Encolhimento dos caules: os caules do Rhipsalis podem ficar enrugados e meio moles quando a planta está desidratada.
  • Perda de rigidez: as folhas do Rhipsalis podem ficar murchas e sem elasticidade quando a planta precisa de água.
  • Crescimento lento: o crescimento da planta pode ficar lento ou parar completamente quando ela não recebe água suficiente.
  • Descoloração dos caules: os caules do Rhipsalis podem ficar amarelados ou marrons quando a planta está desidratada.

Sinais de que o Rhipsalis está com excesso de umidade:

  • Aparecimento de fungos: o solo muito úmido pode favorecer o desenvolvimento de fungos, que causam manchas nas folhas e caules da planta.
  • Podridão das raízes: o excesso de água pode apodrecer as raízes da planta, levando facilmente à morte da planta.
  • Queda das folhas: o Rhipsalis pode perder folhas se o solo estiver muito úmido por um período longo de tempo.
  • Crescimento lento: assim como na falta de água, o excesso também pode afetar o crescimento da planta que fica lento ou para completamente.

Substrato

Existem muitas receitas para esse tipo de cacto, mas o ponto mais importante é sempre ter uma mistura com excelente drenagem.

A casca de pinus é uma boa opção, frequentemente utilizada nas receitas de substratos, mas deve ser acompanhada de perto. Uma vez ressecadas, elas são difíceis de reidratar. E além disso, com o tempo, vão se decompondo e sedimentando no fundo do vaso, perdendo a capacidade drenante.

Sendo assim, acompanhe sempre a boa drenagem do seu vaso, sobretudo quando for replantar. Acrescente outros elementos como areia, por exemplo, mas não mais que 20% do total, para evitar que endureça o substrato.

Adubo

Ao contrário do que muitos pensam, o Cacto-macarrão não cresce em solos pobres. Eles precisam tanto dos macro como micro-nutrientes, evitando-se apenas o excesso de nitrogênio.

Durante os meses mais quentes, de primavera e verão, quando sua Rhipsalis estiver no seu período de crescimento ativo, uma fertilização mensal com um fertilizante líquido diluído é mais que suficiente.

Durante os meses mais frios, outono e inverno, dê à sua planta uma pausa. Neste período, a Rhipsalis entra em uma fase de crescimento mais lento, e o excesso de nutrientes pode mais atrapalhar do que ajudar.

Saiba identificar problemas com a fertilização do Cacto-macarrão:

  • Crescimento lento: se sua planta não está crescendo como o esperado durante a estação de crescimento ativo, pode ser um sinal de falta de nutrientes.
  • Folhas ou hastes pálidas: uma coloração pálida ou desbotada pode indicar uma deficiência nutricional, especialmente se a planta está recebendo luz adequada.
  • Falta de vigor: a planta parece sem vida ou não tão exuberante quanto deveria? Isso pode ser um sinal de que está faltando algum nutriente essencial.
  • Não fertilização por um longo período: se você não fertilizou sua Rhipsalis por vários meses e ela está no mesmo substrato, os nutrientes originais provavelmente se esgotaram.
  • Substrato antigo: mesmo com rega e cuidados adequados, um substrato que não foi trocado ou enriquecido por um longo tempo pode não ser mais nutritivo para a planta.

Quando e como replantar seu Cacto-macarrão

O cacto-macarrão, como a maioria das plantas, gosta de um pouco de espaço para crescer. Geralmente, o replantio só é necessário a cada dois ou três anos. No entanto, quando você perceber que a planta está superando seu vaso atual ou o substrato está inadequado, é hora de replantar.

Ao replantar, escolha um vaso que seja apenas um pouco maior que o atual. Isso é importante porque um vaso muito grande pode acabar retendo mais água do que o necessário, aumentando o risco de apodrecimento das raízes.

Além disso, esse é um bom momento para avaliar as raízes e trocar o substrato antigo por um novo, que vai trazer mais nutrientes para a planta.

Cacto-macarrão ou Rhipsalis: como fazer muda

Aumentar sua coleção de Rhipsalis é recompensador. Felizmente, fazer novas mudas desses cactos pendentes é relativamente simples e pode ser feito com alguns passos básicos.

Métodos eficazes de propagação: Passo a passo

  1. Escolha do Material de Propagação: inicie selecionando hastes bem bonitas e saudáveis do seu Rhipsalis. Procure por segmentos robustos e sem sinais de doenças ou pragas.
  2. Corte: com uma tesoura ou faca bem limpinha, faça um corte limpo para separar a haste. O ideal é cortar segmentos de aproximadamente 10 a 15 cm de comprimento.
  3. Cicatrização: não enterre imediatamente, deixe os cortes cicatrizarem por alguns dias. Esse processo vai permitir que a ferida seque, reduzindo assim o risco de apodrecimento quando plantados.
  4. Plantio: prepare um vaso com substrato apropriado para cactos e suculentas, que seja bem drenante. Plante os segmentos cicatrizados no substrato, enterrando uma pequena parte deles na terra.
  5. Localização e Primeira Rega: coloque o vaso em um local com luz indireta e evite regar imediatamente. Aguarde cerca de uma semana antes de regar levemente, para evitar o apodrecimento das novas raízes.

Após a primeira semana, regue as plantas propagadas com bastante moderação. O substrato deve secar parcialmente entre as regas, mas não deixe que seque completamente.

E chegamos ao final da nossa jornada com o Rhipsalis, mais conhecido como Cacto-macarrão. Vimos desde a escolha do local com a luz ideal até a importância da nutrição e da fertilização, passando pelos segredos de um substrato perfeito e as dicas de ouro para a propagação.

Conte nos comentários como você cuida do seu Cacto-macarrão e que outras dicas você pode passar para nós.

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